Constituição Sacrosanctum Concilium: 60 anos

 Constituição Sacrosanctum Concilium: 60 anos

 


 

 

Comemoração dos 60 anos da promulgação da Constituição Sacrosanctum Concilium

“A liturgia é simultaneamente a meta para a qual se encaminha a ação da Igreja e a fonte de onde emana toda a sua força (SC 10).”

No ano de 2023, no qual aconteceram inúmeras comemorações, não podemos deixar passar em branco o sexagésimo aniversario da promulgação da constituição Sobre a Sagrada Liturgia, feita durante o Concilio Vaticano II e solenemente promulgada por São Paulo VI em 4 de dezembro de 1963. 

É tido como um dos mais importantes documentos da nossa Igreja e, aliás, o primeiro a ser publicado. 

A exemplo da necessidade do aggiornamento, ou seja, do atualizar-se à compreensão dos tempos contemporâneos, a partir dele a Igreja toma novos caminhos, novos enfoques e se abre, adaptando-se ao mundo moderno.

Um dos grandes méritos da reforma litúrgica conciliar foi enfatizar a participação ativa de todos os fiéis batizados na celebração do mistério pascal de Jesus Cristo, isso significava que os fiéis não deveriam ser meros espectadores, mas envolver-se ativamente na oração e nos rituais. 

O Vaticano II, ressalta o sacerdócio comum de todos os fiéis, ou seja, o sacerdócio batismal, exercem seu sacerdócio através da participação, cada qual segundo a sua vocação própria, na missão de Cristo, sacerdote, profeta e rei. “consagrados para serem [...] um sacerdócio santo”.

Nossos avós muitas vezes nos contam que em seu tempo iam à missa e viam o padre de costa pro povo (Versus Deum), rezando em latim. 

Aqui vemos uma salutar atribuição do sagrado concilio, que é a reforma do ordinário da Missa. Na Revista de liturgia “Ars Celebrandi” da faculdade Fasbam, diz o seguinte: “a reforma na liturgia abriu a possibilidade da Santa Missa ser celebrada língua vernácula, sendo que o padre passa a rezar voltado para a assembleia, e não mais para o tabernáculo. O altar é separado do sacrário e do baldaquino e colocado ao centro como mesa, onde todos se colocam ao redor”.

A Igreja cuida e zela de sua Sagrada liturgia, pois junto dela são elevadas nossas orações ao alto e só através dela, recebemos o Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo pelas mãos do Sacerdote. 

Nos diz Dom Guido Marini: “Afirmar que a Liturgia é sagrada significa sublinhar o fato de que ela não vive de invenções esporádicas e ‘descobertas’ sempre novas de algumas pessoas ou grupo. Ela não é um círculo fechado, no qual decidimos encontrar-nos, talvez para nos encorajarmos mutuamente e sentir-nos protagonista de uma festa. A liturgia é convocação que provém de Deus, para estarmos em sua presença; é a vinda de Deus até nós, é Deus que se torna presente em nosso mundo.” 

Portanto, dessa forma é possível vermos a  intrínseca relação entre a celebração litúrgica (lex orandi) e a fé da Igreja (lex credendi).

 

Igor Piccoli Buzanelo
Seminarista
Diocese de Cruz Alta


 

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